Este ABC das Alagoas é o cumprimento de um compromisso, de ordem sentimental e afetiva de filho de alagoanos nascido em São Paulo. É um retrato do patrimônio do Estado, com informações sobre artistas, escritores, políticos, personalidades da vida pública – alagoanos, ou com vínculo a Alagoas-, instituições, história e geografia da terra.
Com relação aos autores procurou-se identificar - poetas, prosadores, historiadores, geógrafos, filósofos, ensaístas, cientistas etc. com, pelo menos, uma obra publicada. Ou ainda os que, em prosa ou verso, participaram de antologias. Sempre se procura citar a primeira edição de cada livro, não se cuidando de acompanhar as edições subseqüentes.
As lideranças políticas formais são: presidentes da província, interventores e governadores; senadores do Império e senadores federais; deputados gerais e deputados federais; deputados provinciais e estaduais. E, também, os senadores estaduais, cargo que existiu até 1930. . Sempre que aparece o cargo ocupado - seja na representação legislativa ou no executivo -, sem que se diga o estado, trata-se de mandato exercido em Alagoas, citando-se nos outros casos, onde o alagoano foi representante ou ocupou cargo no executivo. São, ainda, os ministros dos tribunais federais (STF, SUP, TCU, STM) e ministros ou conselheiros do tribunal de contas do Estado.
Também são listados os que ocuparam altos cargos na administração federal ou em administrações estaduais. E as autoridades religiosas católicas: arcebispos e bispos de Maceió; os bispos de Penedo e Palmeira dos Índios, bem como os bispos alagoanos que dirigiram dioceses de outros estados, tendo em vista a importância, pelo menos durante um largo tempo, da Igreja Católica e seus dirigentes na história do Brasil. Escultores, fotógrafos, pintores, músicos, artesãos, artistas de rádio, de televisão, de teatro estão citados, mesmo aqueles que tenham desenvolvido seu trabalho fora do estado. Os artistas plásticos estão listados tomando por base suas exposições, individuais ou coletivas, com local e data em que ocorreram.
Como norma, ao nome de cada biografado segue-se o local e data de seu nascimento e, se falecido, a data da sua morte. Na ausência de qualquer uma dessas informações, usa-se um ponto de interrogação (?). Segue-se o nome dos seus pais, sua vida escolar e profissional. “Humanidades”, era o nome dado, em especial no século XIX, a um preparatório, com prova de suficiência, quase sempre realizada no Liceu Alagoano. As expressões Primário e Ginásio utilizados como período de estudos equivale, atualmente ao 1o. Grau, enquanto Clássico e Cientifico são os equivalentes ao 2º Grau.
A entrada dos verbetes se faz pela ordem alfabética do último nome, mas aceitamos os casos em que a identificação ocorre, de maneira consagrada, por outra forma. Assim, OLIVEIRA, Graciliano Ramos entra como RAMOS, Graciliano com uma chamada em OLIVEIRA. Adotou-se, pois, o nome que o autor, a personalidade ou o artista é mais tradicionalmente conhecido, porém, sempre com um remissivo no seu último nome. Para alguns senadores e deputados, o destaque é para o nome parlamentar.
São registradas as instituições, inclusive aquelas das quais somente se encontraram o nome.
Além de jornais e revistas citam-se as estações de rádio e de televisão.
Os 102 municípios alagoanos estão apresentados com introdução histórica; datas de elevação à categoria de vila e de cidade; município do qual foi desmembrado e topônimo. Acrescentaram-se, ainda, os dados sobre a comarca a que tenha pertencido ou quando foi criada a sua própria comarca. Para os primeiros municípios inclui-se a criação das freguesias, uma vez que, no Império a Igreja estava ligada ao Estado, a quem cabia nomear bispos e prover os benefícios eclesiásticos. Com relação às atividades econômicas de cada município consta, a mais significativa. Ao final do verbete, nomina-se o gentílico.